O índice DXY, que mede a divisa americana frente seis moedas competitivas, subiu 0,45% nesta sessão, a 100,321 pontos, e acumulou ganho de 0,53% na semana. No fim da tarde em Nova York, o euro caía a US$ 1,0829 e a libra tinha baixa a US$ 1,3078, enquanto o dólar subia a 125,94 ienes.
O dólar foi impulsionado pelas falas hawkish do Fed, diz o analista da Oanda Edward Moya. O presidente da distrital de Nova York, John Williams disse hoje que um aumento de 50 pontos-base nos juros básicos é uma opção “razoável e viável”. Já a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que o banco central americano quer aliviar a acomodação monetária em um ritmo “necessário” para lidar com a alta inflação.
A decisão do BCE, considerada dovish por alguns analistas, também contribuiu para o avanço do DXY. O euro se enfraqueceu na esteira da decisão monetária e durante a coletiva de imprensa da presidente da instituição, Christine Lagarde. A Capital Economics destaca que a divisa comum europeia atingiu os níveis mais baixos do ano, com investidores frustrados pela manutenção do ritmo monetário pelo BCE. “Com o crescimento econômica da zona do euro se enfraquecendo e seu comércio piorando, acreditamos que o euro continuará a ter dificuldades”, afirma o economista para mercados Jonathan Petersen. Ele destaca ainda o impacto do segundo turno das eleições presidenciais francesas, em 24 de abril, com um maior risco imposto à moeda pela possível vitória da candidata de extrema-direita Marine Le Pen.
Entre emergentes, a moeda turca perdeu forças ante o dólar, depois do Banco Central da Turquia decidiu manter seu juro básico em 14% pelo quarto mês consecutivo. No horário citado, o dólar subia a 14,6139 liras turcas contra 14,5925 no fim da tarde de ontem.