Em entrevista coletiva em Brasília, o presidenciável criticou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, por ter sinalizado recentemente que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteria o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no cargo.
“Isso é o fundo do poço e eu, no primeiro dia, convidarei as suas excelências a se demitirem”, disse Ciro, ao falar sobre a direção do BC.
Pela lei de autonomia do BC, aprovada no ano passado, Campos Neto fica no cargo até o final de 2024. “Para a gente convidar as pessoas a se demitirem, não tem lei nenhuma”, afirmou Ciro.
O presidenciável defendeu um “novo mandato” para a autoridade monetária, afirmando que no Brasil o BC serve apenas aos bancos e que em outros países persegue a meta de inflação e o pleno emprego, e não apenas a inflação. A lei da autonomia do BC, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no ano passado, já prevê fomentar o pleno como um dos objetivos secundários do BC, sendo o fundamental assegurar a estabilidade dos preços.
Ciro também reforçou a promessa de acabar com o teto de gastos públicos, a regra que atrela o crescimento das despesas à inflação, e cobrar impostos sobre lucros e dividendos, como forma de resolver o rombo das contas públicas e aumentar os investimentos.